Tenho medo de que minha cachorrinha escolheria não estar aqui, possuísse polegares opositores e complexidade cognitiva suficiente para entender que sua vida poderia ser outra. Tenho medo de escravizar sua pobre alma, sem nem mesmo ela ter recursos para compreender sua própria condição. De ser escrava da arquitetura do Mundo eu bem entendo e me compadeço desta nobre criaturinha. Incapaz de se revoltar, como eu.
Quando padecia meu primeiro cachorrinho, desejei em seu leito de morte que concluísse por ter gostado da experiência da vida. Este pouco esteve comigo. Já não sei se tenho algo a desejar à próxima, senão seu perdão.